O Março Lilás é uma campanha global voltada para a conscientização sobre o câncer do colo do útero. A iniciativa busca alertar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso a exames de rastreamento, como o Papanicolau e os testes moleculares para HPV.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal. Apesar da gravidade da doença, trata-se de uma neoplasia altamente prevenível, especialmente com a vacinação contra o HPV e o rastreamento regular da infecção.
O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública, especialmente em países com menor acesso a programas de rastreamento e prevenção.
Nos estágios iniciais, o câncer do colo do útero pode ser assintomático. No entanto, à medida que a doença avança, os seguintes sintomas podem surgir:
Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer do colo do útero. Os principais grupos de risco incluem:
O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de vírus com mais de 200 tipos identificados. Desses, cerca de 40 podem infectar a região anogenital, e 15 são considerados de alto risco para o desenvolvimento de cânceres, incluindo o câncer do colo do útero.
Os HPV 16 e 18 são os principais agentes da doença, sendo responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cervical, seguidos pelos genótipos 31, 33, 45, 52 e 58.
A infecção pelo HPV é extremamente comum e, na maioria das vezes, transitória. O sistema imunológico pode eliminar o vírus naturalmente dentro de um a dois anos sem causar sintomas ou complicações. No entanto, em alguns casos, o HPV persiste no organismo e pode levar a alterações celulares que evoluem para o câncer.
A infecção pelo HPV de alto risco pode levar ao desenvolvimento do câncer do colo do útero quando o vírus persiste por anos no organismo e provoca alterações celulares progressivas. Esse processo ocorre em quatro estágios principais:
O vírus infecta as células epiteliais da mucosa do colo do útero por meio do contato direto durante relações sexuais. Em sua fase inicial, a infecção pode ser completamente assintomática, e muitas mulheres sequer percebem que foram infectadas.
Na maioria dos casos, o sistema imunológico elimina o HPV naturalmente. Porém, quando o vírus persiste na mucosa cervical por anos, ele começa a interferir no ciclo celular, levando a lesões precursoras do câncer, conhecidas como lesões intraepiteliais cervicais (NIC):
Se a infecção pelo HPV não for controlada e as lesões NIC 3 não forem tratadas, o vírus pode promover mutações irreversíveis no DNA das células cervicais, levando à proliferação celular descontrolada e ao surgimento do carcinoma in situ – o estágio inicial do câncer do colo do útero.
Com o tempo, as células cancerígenas podem invadir tecidos adjacentes e até se espalhar para outros órgãos (metástase). Nesse estágio, o câncer já exige tratamentos mais agressivos, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Esse processo pode levar de 10 a 20 anos desde a infecção inicial até o desenvolvimento do câncer, tornando o rastreamento regular essencial para a detecção precoce e a prevenção da progressão da doença.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e sua principal forma de transmissão ocorre por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas. As principais formas de contágio incluem:
O uso de preservativos reduz, mas não elimina completamente o risco de transmissão. Por isso, a vacinação contra o HPV e o rastreamento regular são estratégias essenciais para o controle da infecção.
O rastreamento do HPV desempenha um papel fundamental na prevenção do câncer do colo do útero, permitindo a detecção precoce do vírus antes que ele cause alterações celulares significativas.
Para ampliar o acesso ao diagnóstico, dispositivos inovadores foram desenvolvidos para facilitar a autocoleta vaginal, um método prático e eficaz que possibilita que a própria paciente realize a coleta da amostra em casa, sem a necessidade de um profissional de saúde.
O dispositivo de autocoleta vaginal foi projetado para oferecer um método seguro e confortável para a obtenção de amostras da cavidade vaginal, auxiliando no diagnóstico de HPV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com um procedimento simples, a coleta pode ser feita pela própria paciente em até 10 minutos, promovendo autonomia e acesso facilitado à saúde feminina.
✔ Maior acessibilidade ao exame: Mulheres que têm dificuldade de acesso aos serviços de saúde ou que evitam exames ginecológicos convencionais podem realizar a coleta em casa.
✔ Detecção precoce e controle epidemiológico: A facilidade da autocoleta aumenta a frequência dos exames, permitindo o diagnóstico precoce de infecções e lesões cervicais.
✔ Redução de barreiras psicológicas e culturais: Muitas mulheres sentem desconforto ou constrangimento em exames ginecológicos tradicionais. A autocoleta oferece uma alternativa mais discreta e confortável, sem perder a confiabilidade nos resultados.
Saiba mais sobre o V-VEIL UP2.
A Dra. Wanuzia Miranda, médica com vasta experiência em ginecologia oncológica, citopatologia e patologia do trato genital inferior, explica de forma clara e objetiva como funciona o autocoletor vaginal e sua importância no rastreamento do HPV.
Assista ao vídeo abaixo
A detecção precoce do HPV e a identificação dos genótipos de alto risco são fundamentais para o monitoramento e a prevenção do câncer do colo do útero. Nesse contexto, a Mobius oferece soluções inovadoras para o diagnóstico molecular do HPV, garantindo mais precisão e rapidez nos resultados.
3. HPV 360º